Barreira peritonioplasmática impede a ação da quimioterapia venosa

O principal obstáculo no tratamento das metástases peritoneais é a barreira peritônioplasmática que faz com que a concentração no sangue do quimioterápico chegue bem mais diluída até a superfície peritoneal, local onde estão as metástases peritoneais.1,2 A quimioterapia que é feita na veia, chega aos diversos órgãos do corpo através do plasma que é o componente líquido do sangue. A concentração da quimioterapia no plasma chega bem mais diluída nas áreas de metástases peritoneais por conta da distância que precisa percorrer por estruturas que dificultam a sua passagem. A distância que a quimioterapia precisa percorrer e as estruturas que dificultam a sua passagem é chamado de barreira peritonioplasmática. A quimioterapia administrada no sangue alcança os tecidos pelos capilares (finos vasos no final das artérias), mas ao passar pela matriz de colágeno, interstício e mesotélio, chega muito mais diluída à superfície peritoneal, local em que estão os implantes peritoneais do câncer. A barreira peritonioplasmática é uma das principais razões da ineficácia do combate às metástases peritoneais pela quimioterapia que se faz na veia ou que se toma por comprimidos por via oral.

Outra hipótese, defendida por Dr. Sugarbaker, que explicaria o fato de concentrações sub-terapêuticas dos medicamentos quimioterápicos cheguem até os nódulos metastáticos peritoniais, ou seja, quimioterápicos sem poder de debelar o câncer por estarem em baixas concentrações, é o da “célula sequestrada”.3 Essa teoria preconiza que a proliferação de células neoplásicas é estimulada pela ação de fatores de crescimento envolvidos no processo cicatricial. As células do câncer, em proliferação no peritônio, estariam envoltas em invólucros de fibrina e células inflamatórias/cicatriciais que impediriam a ação da quimioterapia venosa.3

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