Protocolos e indicações da quimioterapia pressurizada intra-peritoneal aerossolizada (PIPAC)

PIPAC em metástases peritoneais de adenocarcinoma gástrico.
Pacientes com metástases de adenocarcinoma gástrico apresentam resposta ao tratamento com regressão da doença peritoneal de 50% a 91%.¹⁹ Com melhora evidente da ascite e regressão do índice de câncer peritoneal (PCI) que quantifica a extensão do acometimento peritoneal.¹⁹

Estudo com 60 pacientes com metástases peritoneais de adenocarcinoma gástrico tratados com PIPAC associado a quimioterapia sistêmica mostrou que 13 pacientes (21,7%) apresentou uma regressão das metástases peritoneais, permitindo serem submetidos a tratamento com intenção curativa com citorredução cirúrgica e HIPEC.²⁰

Dr. Claudio Quadros tem tratado pacientes com metástases peritoneais com PIPAC com bons resultados em termos de melhora da ascite, dor e com regressão da doença peritoneal.

PIPAC para metástases de carcinoma de ovário.
Pacientes com metástases de carcinoma de ovário se beneficiam de PIPAC associado a quimioterapia sistêmica. Podem inclusive ter PIPAC associado à terapia alvo com bevacizumabe. Respostas ao tratamento foram de 62 a 88%, com melhora significativa de qualidade de vida.¹⁹
A resposta de algumas pacientes permite a suspensão temporária da quimioterapia sistêmica. Estudo indica que 15,4% das pacientes tratadas com PIPAC apresentaram uma regressão das metástases peritoneais tão significativa que foram submetidas a tratamento com intenção curativa com citorredução cirúrgica com HIPEC.²⁰

Prof. Claudio Quadros identifica, inclusive, que são as pacientes que melhor respondem à PIPAC.

PIPAC em pacientes com metástases peritoneais de adenocarcinoma colorretal.
O melhor tratamento de pacientes com metástases peritoneais de adenocarcinoma colorretal é a citorredução cirúrgica com quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC). No entanto, alguns pacientes não estão em condições clínicas para serem submetidas a um procedimento mais complexo. Ou estão com um elevado índice de câncer peritoneal (PCI). O PCI determina a extensão de disseminação do câncer no peritônio. Um PCI elevado pode indicar que não seria possível a ressecção cirúrgica completa de suas metástases peritoneais. Estes pacientes se beneficiam de PIPAC associada a quimioterapia sistêmica.

Estudos têm demonstrado que pacientes com metástases peritoneais de câncer colorretal apresentam taxa de regressão do câncer de 71% a 86%.¹⁹

Tratamento de metástases peritoneais de carcinoma do pâncreas e vias biliares com PIPAC.
Estudos tem apresentado ganho de sobrevida e regressão considerável das metástases peritoneais com o tratamento de PIPAC associado a quimioterapia sistêmica em pacientes com metástases peritoneais de carcinoma de pâncreas e vias biliares. Resposta ao tratamento vem sendo constatado em 70 a 80% dos pacientes com a PIPAC, com sobrevida que chega a 36,6 semanas. ^19-21

PIPAC para mesotelioma peritoneal.
Pacientes com mesotelioma peritoneal que não são candidatos a citorredução cirúrgica com quimioterapia hipertérmica intra-peritoneal, se beneficiam de PIPAC. Aproximadamente metade dos pacientes (46,6%) conseguem regressão do acometimento peritoneal e melhora da condição clínica e com isso ser submetidos a citorredução cirúrgica com quimioterapia hipertérmica intra-peritoneal (HIPEC).²⁰

PIPAC no tratamento de pseudomixoma peritoneal.
Pacientes com pseudomixoma peritoneal, em que a totalidade da doença peritoneal não foi possível de ser retirada com cirurgia, se beneficiam da administração peritoneal de quimioterápico na forma de PIPAC. É uma alternativa para regredir o acometimento peritoneal, permitir melhora das condições clínicas para um eventual resgate cirúrgico com citorredução cirúrgica e HIPEC.²⁰